Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Both Sides Now


Both Sides Now

Rows and flows of angel hair
And ice cream castles in the air
And feather canyons everywhere
I've looked at clouds that way

But now they only block the sun
They rain and snow on everyone
So many things I would have done
But clouds got in my way
I've looked at clouds from both sides now

From up and down, and still somehow
It's cloud illusions I recall
I really don't know clouds at all

Moons and Junes and Ferris wheels
The dizzy dancing way you feel
As ev'ry fairy tale comes real
I've looked at love that way

But now it's just another show
You leave 'em laughing when you go
And if you care, don't let them know
Don't give yourself away

I've looked at love from both sides now
From give and take, and still somehow
It's love's illusions I recall
I really don't know love at all

Tears and fears and feeling proud
To say "I love you" right out loud
Dreams and schemes and circus crowds
I've looked at life that way

But now old friends are acting strange
They shake their heads, they say I've changed
Well something's lost, but something's gained
In living every day

I've looked at life from both sides now
From win and lose and still somehow
It's life's illusions I recall
I really don't know life at all
I've looked at life from both sides now
From up and down, and still somehow
It's life's illusions I recall
I really don't know life at all

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De nós dois



Fotos e panos e frases sem sentido...
Me interesso pelos pedacinhos que tiras de minha vida.
São lembranças doces e sombrias,
Que guardo para quando não puder mais pensar em Ti.

São retalhos esparsos e imperceptíveis...
Que me soam como vagas memórias dos pecados que não cometemos.
Me valem os dias, semanas e sorrisos,
Filmes e fatos e flores nunca ofertadas...

Me traduzem carinho, cândido reencontro de almas afins,
Frutos e frestas e caminhos não percorridos...
Que zombam sem perceber o quanto são tristes,
São túneis velozes e frios...

Que que queimaram por dentro, sem perceber porquês.
São horas inglórias, que caminham em lugar algum.
Frascos e fendas que em Ti nasceram...
Me dizem que de Ti também tenho um pouco, dos pedacinhos que tiro toda vez que deixas.

STORTO.’. 28-11-12

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Solidão e só


"Solidão, que poeira leve..."

Felicidade... e ainda o avesso do avesso...
Queria eu, felicidade doutros tempos,
Quente, simples, imaterial.

De certezas cândidas, serenas.
De uma paz clara...

De outra realidade, por vezes menor, se faz o presente...
Drenado pelo desgaste,
Dilacerado pelos erros, já tão comuns na jornada,
Vejo o negrume das noites tornando meus dias diminutos,
Num espetáculo horrendo de sonhos desfeitos, de vidas encurtadas, de amores perdidos... (fim...)

Paro.
E recorrendo a arte lembro que: "Do fundo do poço só tem saída por cima", que "na vida quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas", e que por isso mesmo, "o sol, ha de brilhar mais uma vez"...

Continuaremos!

Storto.´.  18-11-13

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ver-te

"Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração..."
Janeci
Ver-te me transportou para águas calmas,
Por um turbilhão de sensações em único momento.
Falar-te me acelerou o coração,
Como um beija-flor que ressoa ao vento.
Sentir-te distante me afligiu as papilas,
Qual ao azedo da fruta ao mais doce por ser.

Refletir-lhe o sorriso me fez radiar,
Que fosse para sentir-te feliz eternamente.
Perceber-te simples e pura, qual manhã me afronta,
Fez-me sonhar contigo,
Qual ontem me amargou a noite.

Mas o dia, o dia, (...)
Claro e lindo como ti,
Me aspira um alegre cântico de felicidade,
E confluído sinto tremer as mãos, ao dizer-te trêmulas palavras,
Pela profunda suspensão de meu peito, em estafante espera de contemplar-te novamente.

Storto.’. 05-11-13

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A mão



“Minha dor...
...me dê a mão”
O Anfitrião – Tom Zé

Nem um samba triste, nem dor, nem mágoa...
Apenas um vazio estranho, estanque, inerte.
Que engole meu peito estéril, cinzento, maculado.

Nem linhas, nem lápis, nem sons...
Alegrias pequenas, fúteis, fugazes.
Sombra no escuro que se compraz com a dor e ri...

“Nem aquele amor que nunca tive,
Nem a mágoa que não criamos,
Somente a morte ou coisa igual.”

Storto.’. 11-10-13

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Das possibilidades



Dos sonhos que se foram é de nós que sinto mais falta...
Das alegrias que perdi é de nossas risadas soltas que me aperta o peito...
Das jovens tardes de domingo, são nossas carícias ao colo...
Das conjecturas pintadas em poesia, são os sonhos do amanhã que criamos ouvindo Marvin Gaye
Dos projetos de arquitetura são nossos ninhos, vidas, cantos...
Das viagens de desbravamento são os sonhos ombro a ombro no percurso...
Dos jantares ao cair da noite são as danças ao som de Jobim, Sinatra, Roberto e Bennett...
Do acordar são as oportunidades de te ver dormir...
Das tristezas são os afagos...
Das alegrias, levantar-te no ar...
Da segurança, a presença...
Da ajuda, o olhar...
De tudo, você...

Mas na conclusão inexorável da conjectura, que teima em ser tão renitente, demasiadas palavras não exprimem a contundente verdade: “ainda não me fostes apresentada nestas vestes”...

Storto.'. - 19-08-13

quarta-feira, 24 de julho de 2013

És fascinação



O sorriso que inebria, entontece, já não tenho mais. Se escondeu nos caminhos pouco iluminados da distância. Foi se apagando com com a ausência de já escassos “ois”.

E seria tão pouco viver somente com ois?
Já não seria mais suficiente se a admiração que nos cerca fosse mentira?
Paz!

Como o rochedo que encontra o mar e mesmo com toda a força impressa em cena já tão confabulada, encontra paz,
Como o vento que desce pela montanha trazendo mais que brisa. Também trás frio e desolação.

Como o balançar de seus cabelos...
É do balançar deles que me lembro mais. De como rodeava a mão por um lado da cabeça, puxando-os para frente. A cor, o brilho... Em seu balançar traziam mais que perfume. Traziam sonhos, vidas e uma promessa de amanhecer.

Porque ainda que seja apenas um sonho do qual acabo de acordar, fez-se verdade pelo instante em que acreditei, (...)
E se faz necessário que encontremos, (...)
Sempre, (...)
Um amanhecer...

Porque da escuridão só nos serve a noite dos apaixonados.

Storto.’.
Julho de 2012 - Depois do sonho

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Origem do Desconhecido



São serenas as águas do lago, logo antes da tempestade.
Como o silêncio que precede o esporro,
Como o vácuo antes da ventania.

É o bater de asas e seu estado primeiro,
A inobservância da ausência,
A calmaria ácida, triste.

Fico assim sem os dias em que tive sorte,
Sem as coisas que aconteceram,
E permanecerão eternas.

Vou seguir assim,
Passo a passo,
Pedaço a pedaço,

E no meio do fim continuar sendo isso...

Um mosaico triste,
Um palhaço de retalhos,
Ou o que sobrou de vocês...

STORTO.’. 13-06-13

sábado, 1 de junho de 2013

Crisálida I



Por vezes, quando navego por sonhos, lembro de Ti. 
Sou tomado por uma saudade tão acrisolada que chego a pensar em como o mundo é imperfeito...
Me recolho, contemplo lembranças que contam a cumplicidade de quem vive a mesma admiração pelos sonhos...
Imaginando que passaremos o sempre admirando nossas imperfeições e obrigo-me a ecoar que o problema não é no mundo.

STORTO.'. 01-06-13

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Estranha



Estranha que se descortina à beira da aurora,
O infortúnio do erro da atrofiada sorte.
Treme sagaz e a dor emudece,
Jaz tenra, amarga e em nó.

Faz-se pó do que não foi outra coisa,
Pela aresta gasta da conseqüência amedrontada,
Pelas formas tortas da prisão social,
És pura amalgama dos medos que não cometeste.

Jaz triste numa vida que não é sua,
Mentes bem para aqueles a quem a mentira é toda verdade.
Mas vejo em ti a dor que também é minha,
Por isso me cativas o brilho parco que se deixas ver,
Por isso és tão minha, quanto me deixas ser seu.

Storto.'. – 05-04-2013

Sobre a Palidez das Coisas




Nem sempre a magia no olhar antes do primeiro beijo se vai...
Às vezes fica terminantemente proibido deixa-la ir. Fica imperativamente instaurado que de agora em diante haverá magia para a eternidade

Nem sempre as pessoas se vão...
Às vezes ficam, mesmo quando os laços da vida e dos sonhos se partem. Ficam, pois, maiores que o tempo e o existir são as idéias e a existência. Ficam, pois, a saudade que aprisiona é a mesma que afaga felizes lembranças. O importante é saber o que é realmente seu.

Nem sempre o determinismo de nossas idéias conlui com a prática de nossas ações...
Às vezes ele vem carregado de possibilidades que descartamos aos outros, pois as variáveis que nos atingem são mais complexas. Às vezes o olhar é mais detalhado para o problema que nos aproxima.

Por via de regra olha o outro com o mesmo “porque” que olha pra ti e não espera.

Storto.'. – 01-04-2013

sábado, 6 de abril de 2013

Da Felicidade



Tenho sonhado contigo e tempos melhores,
Vendo folhas em trilhas do meio da mata.

Tenho visto corridas e risadas pelo campo verde, (...)
E pássaros que cantam em seus ninhos.

Tenho cantado pelo tempo que está por vir e brilha,
Como a felicidade faz quando crianças dão seus primeiros passos.

Tenho lembrado de seus cabelos e movimentos,
Quando as harmônicas encantam o vento e as claves pairam no ar.

Tenho desejado que os sonhos acordem em cada manhã e nunca se acabem...
Que a alegria habite nossos lábios,
Que o inesperado seja sempre o prenuncio de uma bela aurora,
Em dissonantes harmônicas que nos fazem flutuar em felizes momentos de qualquer dia simplesmente pela dádiva de existir.
Storto.'. 01-04-2013