Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Palavras

“Chegam e cortam com dor e fel”


Não as quero com figuras que tanto prezo, pois uso o mesmo dia de frio para a tristeza e o aconchego.

Não as quero proferidas sobre o que não gosto, pois me provocam taquicardia na raiva e uma grande vontade de falar o que não deveria quando fico feliz.

Não as quero perdidas nem difíceis, pois mesmo que o controle sobre as horas permaneçam, sempre terão a prerrogativa de assombrar quem as ouviu.

Quero meus pensamentos. Somente!
Neles posso ser quem quiser.
Amar quem quiser.
Me punir se quiser.
E ser só...
“Eu preciso aprender a ser só”

Storto... 25-09-12

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Parte do que sou




Quase sempre não me vêem.
Tenho um silencio pouco percebido.
Como camaleão que não precisa mudar de camuflagem. Como eu.

Tenho uma solidão que não faz parte de mim,
Uma tristeza que não diz quem sou,
Uma dorzinha que não responde pelo que acredito.

Tenho sonhos simples e distantes,
Um querer atroz e quase incontrolável,
Uma certeza que às vezes me decepciona.

Tenho esse jeito moleque de sempre,
Uma abnegação que não deixo transparecer,
Uma mascara que tiro somente para poucos.

Das mascaras que usei na vida, essa é a que nunca tiro. 
Uso algumas por cima desta para que o risco do erro não me ocorra.
Vejo fatos e fotos que não explicam porque as coisas ou as pessoas são assim ou “assado”.
Dizem apenas o que lhes convêm, ou que não é verdade. 
Me desmancho e reconstruo e poucos dias. Ninguém percebe.
Parece ser mesmo a metamorfose da sociedade. Quem sabe?

Vivo me perguntando se as coisas serão assim.
E na desolação da certeza do sim, prefiro viver no meu mundo.
Sem negligencias. Sem amarras. Sem falso torpor.
Só viver.

Storto.’. - Sempre

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Série: Inacabados - Talvez por uma primavera que não chega


Sim! Os ventos iram soprar. Como tudo o que vi da vida. Cumprindo seu curso. Deixando sensações por onde passam. Varrendo o chão. Vibrando a água, derrubando folhas.
Balançando galhos, serão frio e frescor.

Trarão fragrâncias imperceptíveis por tão sutis, ou venenosas ao longe. E mesmo assim serão absolvidos pelo destino que os cabe. Ficarão na lembrança dos que viram seu leve toque pelo ar. E só.

Os últimos do inverno são assim. Carregam mais que frio. São mais que pele seca. São esperança e abraços calorosos. Carreiam o chicotear de sonhos adormecidos em...

Storto... 25-08-12

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Encantamentos


Um campo verde. Arvores ao fundo. Céu laranja de fim de tarde.
Correndo para despistar da ultima campainha que toquei me divirto.
Encantamento.

Gostava das brincadeiras de escola e dos recreios.
Via a felicidade em singelos sorrisos e abraços. Simples assim.
Encantamento.

Não tenho amarras para o mundo.
Sorvete, poesia e um pouco de piada para não transformar a rotina do dia-a-dia em tragédia.
Feliz encantamento.

Tenho esse sorriso fácil, e digo mais de mim do que as pessoas vêem.
Geralmente não vêem.
Elas não percebem, mas quando fico encabulada me faço em olhos rasos e balanço a cabeça rapidinho, em sinal de negação... é mania...  bato com a ponta do All Star no chão, esperando uma resposta, analisando os olhares...

Compenetro-me em novas responsabilidades e tenho medo.
Teria eu me escondido, perdido ou subvertido o encantamento que me torna quem sou?
Tenho certeza que não! Uma dúvida chata que me diz talvez e uma mentira imperativa que sim.

...
Já é tarde... e dentro dos meus encantamentos escuto uma voz distante que parece se aproximar dizendo: “está na hora de ir trabalhar... acorda!”


Storto... 27-08-12