Tanta vontade de fazer parte de algo. E nem todas as certezas do mundo nos dão a segurança que precisamos para sermos plenamente felizes. Quase sempre o egoísmo (...). Quase sempre a imperfeição. Impressionante como pode nascer tanta imperfeição de seres tão perfeitos.
Mas o que é a vida? Qual o seu significado? Quantas vidas são necessárias para fazer valer a pena pelo menos uma?
Será que quem vive pela fé é mais feliz que quem vive na profanidade dos costumes? Será que teremos tempo pra perder com nossas filosofias?
Tem um sol que nasce todos os dias para quem está desse lado do mundo que acabou de se pôr para quem estava do outro lado. Será que ele tem mais tempo para ser perfeito que eu? Quem inventou as horas? Porque lá antes daqui?
Seria a imperfeição se o perfeito acreditasse na previdência dos erros humanos? Porque eu prefiro praia? E os meus discos da zona franca nunca têm o mesmo encarte dos importados.
Eu acredito no futuro mesmo não entendendo o porquê. E aquela vontade de continuar na cama quando acordo sempre me lembra que minha humanidade está acima dos desvios da carne. Por isso mesmo posso querer, e ser, melhor a cada momento. Mesmo não entendendo para que (?).
E perto do fim eu sempre penso que seria um grande desperdício se tudo isso fosse para nada. Não posso acreditar nisso. Será que somos mesmo formiguinhas? Não! Não somos! Afinal de contas, reanime-se! Se tudo isso for uma grande brincadeira, poderemos ao menos nos divertir à beira do lago.
STORTO... Setembro de 2010