Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Houve um tempo...

Houve um tempo em que meus demônios pairavam leves ao longe. 
De tão tímidos pareciam amestrados... macambuzio... 
Houve um tempo em que nem deles me lembrava. 
Pareciam terem de dissipado pelas “brumas leves das paixões que vem de dentro”... 
Pelos dias que raiavam limpos frente as águas do Atlântico. 

Houve um tempo em que flertei com a felicidade plena, 
Em que só existia espaço para a certeza de um futuro brilhante e calmo... 
E todos eram bons... 

Esse tempo passou, 
Os demônios se mostraram mais resilientes que minhas mais tenebrosas noites... 
E nas brilhantes chamas vermelhas em que queimo percebo o quanto somos essencialmente sós... 
E por mais que existam muitos só você pode ser a escada por onde escapar... 

Não sei do dia de amanhã... nem como termina hoje... 
Mas como diria o poeta:
“...meu peito é forte e nele tenho acumulado tanta dor... finjo-me alegre pro meu pranto ninguém ver, feliz daquele que sabe sofrer...” NC 

 STORTO 12-12-22

sábado, 23 de abril de 2022

Das coisas que a noite esconde...

 

Ando tranquilo pela noite vazia...

Asfaltos, poças d’agua,

Lâmpadas que piscam pelo calor,

Tremulam o caminho já turvo pela loucura do dia.

Assim como os lampejos de claridade tornam a vida melhor,

Vez ou outra.

 

Na distancia que a escuridão da próxima esquina avisa,

Muitos se perdem,

Ora pela surpresa da necessidade,

Ora pela estranheza da conformidade.

 

Estranho pensar que conceitos tão parecidos prazem resultados tão diferentes...

O dilema do porco espinho,

O doce ao fim do amargo...

Alimentar-se do animal que perece,

Enquanto a gente padece,

E noite vazia?...

Companheira, fria...

Anda por mim com a certeza que está em casa. 


STORTO - 23-04-22

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Do fim



 A lâmina que corta a carne e dilacera,

Que abre caminho para a dor,

Deixa a trilha metalizada por onde passa,

E o sabor de sangue na boca de quem viveu…


Dias e dias de distâncias incompreensíveis deixaram um legado difícil de esquecer….


Se o tempo cura tudo,

Que passe imperceptível pelo olhar atento de quem sempre viu o mundo lentamente. 

Lamentavelmente...


R Souza 11-01-2022