Quem sou eu

Minha foto
Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Quando me lembro das flores




“Na vida, quem perde o telhado, 
em troca recebe as estrelas...”
Tom Zé

Tenho sido tomado por um sentimento profundo de nostalgia.

“Dos dias,
Dos toques,
Das faces...”

Sinto uma culpa calada, encerrada em poucas verdades que consegui aproveitar pelo caminho. Ontem!
Completamos-nos como o infinito a todo o horizonte. Num conjunto de sensações que acredito não ser mais possível para alguém que se sente pela metade. Perca! 
Necessários o fomos à química ainda juvenil. Sonho!
Impacientes, imaturos e inseguros, como não poderíamos não ser. Causa!
Todas as flores que guardei secaram em decisões erradas e atitudes que prefiro não lembrar. Orgulho!
E como perdidos estávamos escrevíamos em areia pelo medo de não ser. O princípio do fim.

“Ah, que se o amor não é mais como antes, 
meu bem...”

Pode ser que o tempo cure o que a mente não foi capaz,
De nada mais que a fé na felicidade em tempos de paz,
Servida ainda quente para o deleite de quem a sorverá.

Pode ser que a vida ainda viverá do canto de poucos,
Que ainda acreditam em tanto amor às águas do lago,
Em momentos de eterna nostalgia e brilho.

Pode ser que sua felicidade me transforme em vida,
Por piedade e carinho latentes em tudo o que é bom e belo,
Que dos frutos colhidos vejo crescer.

Em poucas verdades aproveitadas pelo caminho, que sejamos então felizes. Hoje!

Storto.. 29-08-2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Estar Só




Eu gosto da sensação da cidade à noite, depois das duas da manhã.
Gosto das cores, dos letreiros, da temperatura.
Gosto do cachorro vagueando transversalmente a pista sem a preocupação dos carros.
Gosto do andar pelo asfalto depois da chuva.
Gosto das luzes dos postes ou da falta delas.
Gosto de como representam tão bem o estar à luz ou à sombra.
Gosto dos vapores, dos tremores.
Gosto da sensação de espaço, de liberdade.
Gosto de como percebo tão sutilmente os menores sons. 

“Aquele cachorro que passou e latiu. Uma janela indiscreta que fecha. Alguns amigos voltando da noite, praguejando sua felicidade a todos que dormem... Reparo como parecem mais felizes àquela hora. Uma felicidade que pode ser ouvida por todos que não estão ali. Passam.”

À noite depois das duas podemos ser tudo aquilo que não somos quando estamos acordados.
À noite depois das duas ouvimos melhor e falamos mais baixinho, para quem realmente importa.
À noite depois das duas vivemos esse sentimento de solidão tão sincero e junto ao peito que parecemos estar voltando pra casa em multidão.
À noite, depois das duas, nas ruas da cidade, nos encontramos com sonhos e verdades impossíveis de serem vistas ao dia.

Andando, nos encontramos conosco e com os outros, aguardando por um amanhecer de The Freewheelin' Bob Dylan.

STORTO... - 08-08-2012
The Freewheelin' Bob Dylan

sábado, 4 de agosto de 2012

Voltar




Hoje demorei no banho.
Lavei mais que o corpo. Lavei vícios, desilusões.
Lavei meus sonhos também, afinal, já andavam por demais empoeirados.
Gastei tempo ali parado. Somente eu e a água.
Escrevi novas metas, enfatizei comportamentos e fiz minha orações.
Cantei canções que me lembram quem sou, ou pelo menos quem fui.
Revi o filme da minha vida em versão resumida (é claro) e cheguei a inevitável conclusão: “não tenho do que reclamar!”. Inevitável também descobrir o quanto ainda tenho por fazer. Por melhorar.
Então que voltem as canções!
Que voltem as cores e os risos!
Que voltem os abraços e os sonhos!
"Despertar! E não desistir de Ser.
Enfrentar! E ter coragem na derrota.
Iluminar! E ser paz em sua própria escuridão!"
Voltei!
STORTO... 04-08-2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Série: Inacabados - Sobre a Ponte

Não tenho tido muito tempo para olhar para mim.
Sofro com as suspeitas de quem acredita saber o que penso...
Em certos momentos da vida sonhamos, divagamos e somos, muito mais que nós mesmos. Em um turbulhão de emoções e sentimentos que fogem à compreensão.
Tenho escrito pouco. Tenho escrito nada. Tenho escrito minha vida por linhas que não sei se quero pintar (e sinto saudade daquele copo de whisk)... tantas vontades, tantas...

STORTO... Em algum dia de setembro