Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De nós dois



Fotos e panos e frases sem sentido...
Me interesso pelos pedacinhos que tiras de minha vida.
São lembranças doces e sombrias,
Que guardo para quando não puder mais pensar em Ti.

São retalhos esparsos e imperceptíveis...
Que me soam como vagas memórias dos pecados que não cometemos.
Me valem os dias, semanas e sorrisos,
Filmes e fatos e flores nunca ofertadas...

Me traduzem carinho, cândido reencontro de almas afins,
Frutos e frestas e caminhos não percorridos...
Que zombam sem perceber o quanto são tristes,
São túneis velozes e frios...

Que que queimaram por dentro, sem perceber porquês.
São horas inglórias, que caminham em lugar algum.
Frascos e fendas que em Ti nasceram...
Me dizem que de Ti também tenho um pouco, dos pedacinhos que tiro toda vez que deixas.

STORTO.’. 28-11-12

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Solidão e só


"Solidão, que poeira leve..."

Felicidade... e ainda o avesso do avesso...
Queria eu, felicidade doutros tempos,
Quente, simples, imaterial.

De certezas cândidas, serenas.
De uma paz clara...

De outra realidade, por vezes menor, se faz o presente...
Drenado pelo desgaste,
Dilacerado pelos erros, já tão comuns na jornada,
Vejo o negrume das noites tornando meus dias diminutos,
Num espetáculo horrendo de sonhos desfeitos, de vidas encurtadas, de amores perdidos... (fim...)

Paro.
E recorrendo a arte lembro que: "Do fundo do poço só tem saída por cima", que "na vida quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas", e que por isso mesmo, "o sol, ha de brilhar mais uma vez"...

Continuaremos!

Storto.´.  18-11-13

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ver-te

"Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração..."
Janeci
Ver-te me transportou para águas calmas,
Por um turbilhão de sensações em único momento.
Falar-te me acelerou o coração,
Como um beija-flor que ressoa ao vento.
Sentir-te distante me afligiu as papilas,
Qual ao azedo da fruta ao mais doce por ser.

Refletir-lhe o sorriso me fez radiar,
Que fosse para sentir-te feliz eternamente.
Perceber-te simples e pura, qual manhã me afronta,
Fez-me sonhar contigo,
Qual ontem me amargou a noite.

Mas o dia, o dia, (...)
Claro e lindo como ti,
Me aspira um alegre cântico de felicidade,
E confluído sinto tremer as mãos, ao dizer-te trêmulas palavras,
Pela profunda suspensão de meu peito, em estafante espera de contemplar-te novamente.

Storto.’. 05-11-13