Fotos e panos e frases sem sentido...
Me interesso pelos pedacinhos que tiras de minha vida.
São lembranças doces e sombrias,
Que guardo para quando não puder mais pensar em Ti.
São retalhos esparsos e imperceptíveis...
Que me soam como vagas memórias dos pecados que não cometemos.
Me valem os dias, semanas e sorrisos,
Filmes e fatos e flores nunca ofertadas...
Me traduzem carinho, cândido reencontro de almas afins,
Frutos e frestas e caminhos não percorridos...
Que zombam sem perceber o quanto são tristes,
São túneis velozes e frios...
Que que queimaram por dentro, sem perceber porquês.
São horas inglórias, que caminham em lugar algum.
Frascos e fendas que em Ti nasceram...
Me dizem que de Ti também tenho um pouco, dos pedacinhos que tiro toda vez que deixas.
STORTO.’. 28-11-12