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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Das negativas





Não sei o que move, o que modifica ou o que será o futuro. Não aprendi algumas difícil lições ensinadas por minha mãe e sei que a vida dará conta de ensinamentos mais ásperos e brutais... e não me faço de rogado em reconhecer que errei.
Não é transcendental o meio, mas o início e o fim. Embora o que vale de verdade seja a jornada... a viagem.
Não importa se acreditamos em Deus. Todos vamos para algo do qual não temos lembrança de já ter vivido, e o que vale são as ações.
“Subi na parte mais alta do penhasco para ver a verdade do lado de lá. Não me lembro bem do caminho. Teria eu escorregado para o fim? Traído pelo tempo me lembro de pequenas passagens da volta. Com o prêmio à mão e o sorriso no rosto. Sem entender ao certo se era verdade ou não”
Não restam muitas certezas na existência. A beleza matemática está sempre ameaçada pela inconstância do arbítrio, e procurar razão nos delata à vizinhança. Permanecemos isolados e tristes.
Não são mais as belas tardes de domingo que nos dão saudade. Esperamos por elas em casa... sem casa. Não mais a beleza do “lar”, ou a euforia do novo. Continuamos com medo do que nos disseram ser perigoso, mesmo sem sairmos de nós mesmos...
Mas na verdade... sem verdades, ok?
STORTO... 15-02-2012

Como pluma que pousa








Meu amor percorre as trincheiras do futuro,
Meu amor sempre fala com maciez,
Meu amor não entende de regras,
Nem de velas e percas.
Meu amor não fala de outras pessoas,
Meu amor não procura emprego nem o abandono de si mesmo,
Meu amor não ouve o rufar dos tambores,
Nem de gargantas e portas.
Meu amor nunca se vê em pedaços,
Meu amor não se descobre novamente,
Meu amor não se desfaz com chuvas de metal,
Nem de palavras ou machados.
Meu amor sempre fala em silêncio,
Meu amor sempre fala de modo que possa ouvi-lo e chorar,
Meu amor sempre fala em cerimonias nas quais nos encontramos,
Mesmo estando com minhas asas quebradas.
STORTO... 15-02-2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sobre algumas coisas e o tempo



As coisas não andam muito boas para analogias sobre o por do sol e como as folhas ficam amarelas antes do outono (isso é tema para outra tentativa).

Durante bastante tempo, quase a vida toda, de cada ser vivente (como diria Xangai), escutamos que na vida, “com o tempo algumas coisas ficam pelo caminho”. Não sei bem quanto a você, mas acho que essa expressão está errada... Algumas?
Quantas coisas ficam pelo caminho? Quantas são expressões? Com que frequência?
Essas e um sem número de outras perguntas e de respostas incompletas poderiam ser listadas.
“E pensando no meu pequeno universo, não consigo ver quantas pequenas coisas deixei pelo tempo...”
Coisas pequenas e grandes, a depender de quem avalie... E se vamos falar de coisas transcendentais não me perguntem sobre os “Pais e Filhos”. Essa possibilidade não me sai do coração...
Hoje perdi mais um amigo. Será que posso classifica-lo como mais uma “coisa” que ficou pelo caminho? (Vou perguntar para ele...) Acho que não. Melhor como... Hum, não!..
Estava lembrando das coisas que ficam pelo caminho, e...
Melhor voltar para as folhas...
STORTO... 13-02-12

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A bruta flor do querer


Tenho andado enferrujado, e não posso culpar ninguém por causa disso. Em uma avaliação mais precisa, talvez, não culparei nem a mim mesmo (o que me leva a duas possibilidades: ou o valor dessa equação é realmente variável, ou estou realmente em apuros, se não puder, nem mais, atribuir a culpa a mim).
Talvez sejam as escolhas. Mais uma variante inerente a capacidade humana singular. Cada pessoa faz as suas escolhas e as escolhas de cada pessoa recaem sobre as outras, como numa falha sistémica perfeita.
Pensar nisso nos faz lembrar sobre a beleza da vida, a infinita divindade, a possibilidade do insondável e do Caetano Veloso. Me lembro também do “Meranvingian”, do Anakin e que a força sempre estava com “ele”.
Esses dias comecei a escrever uma cronica dizendo que eu havia desistido de alguma coisa. Vinha dirigindo para casa, depois de mais uma decepção social, e as frases foram surgindo à frente como numa canção do “August Rush”. Justificava que a desistência não é uma excepcionalidade na vida, que desistimos até mesmo involuntariamente. Acabei desistindo do texto. Estranha vida não?
Na verdade essas desistências nada mais são que nossas escolhas, atendendo nosso querer. Conclusão lógica! (E pensar que o Caetano já foi tão bom!)
Já culpei minha ferrugem com a falta de tempo, o cansaço e a inspiração. Já tentei achar meios de fazer igual, com caminhos diferentes. Já tentei até mesmo não fazer. Todas elas justificavam mas nunca acalmavam esse coração que não para de trepidar pela vida. E como eu não posso mais usar a piada do Exterminador do Futuro, digo apenas que fico feliz em estar de volta!
STORTO... 12-02-12