Ando tranquilo pela noite vazia...
Asfaltos, poças d’agua,
Lâmpadas que piscam pelo calor,
Tremulam o caminho já turvo pela loucura do dia.
Assim como os lampejos de claridade tornam a vida melhor,
Vez ou outra.
Na distancia que a escuridão da próxima esquina avisa,
Muitos se perdem,
Ora pela surpresa da necessidade,
Ora pela estranheza da conformidade.
Estranho pensar que conceitos tão parecidos prazem
resultados tão diferentes...
O dilema do porco espinho,
O doce ao fim do amargo...
Alimentar-se do animal que perece,
Enquanto a gente padece,
E noite vazia?...
Companheira, fria...
Anda por mim com a certeza que está em casa.
STORTO - 23-04-22