Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ilusões à Dali


A Persistência da Memória




Gosto de ver-te falar de coisas tão minhas e nossas,
Os mesmos sonhos. A mesma angustia.

Gosto quando parafraseia surpresas e inventa ilusões,
Alguns defeitos. A mesma angustia.

Gosto quando me surpreendes com sorrisos e abraços,
A mesmas crenças. A mesma angustia.

Gosto quando escolhes o que estou pensando e pensas no que estou escolhendo,
Brotam flores. A mesma angustia.

Gosto da espera que me causas e da felicidade por lembrar de mim,
A mesma carência. A mesma angustia.

Gosto porque sempre serão “memórias, crônicas e declarações de amor”,
A mesma inquietação. A mesma angustia.

Gosto porque me falas a alma e nem me olha nos olhos,
A mesma intimidade distante. A mesma angustia.

E sendo parte do que sou, só poderia ser por inteiro sendo o que és e o que sou em mim.

STORTO.'. 07-11-2012