Serão cenas sem fim, sem data.
Ficarão entalhadas nas paredes da memória a me torturar, sem fim...
Me lembrarão que as oportunidades vinheram e passaram, tantas, sem data...
Foram sentimentos secretos, compartilhados à flor da sinceridade.
Nos merecíamos...
Éramos a melhor conjugação da estranha mistura perfeita.
Molduramos uma infinidade de porquês só por diversão.
Somos divertidos, pra nós dois. E como somos bons em nós...
Nós dois.
E nesse emaranhado de coisas que não foram ditas nos perdemos...
Confundimos momentos e falas...
Nosso teatro perfeito terminou numa apresentação catastrófica de Houdini e eu morri.
Embaralhamos o roteiro da vida e transformamos o prólogo de um no epílogo do outro. Numa sucessão de beijos não roubados e programas desencontrados que nos conduziram à trágica linha de chegada de lugar nenhum. Seria o fim.
Mas assim como o sol fala à beleza das flores, e as águas à tranqüilidade da praia. Como os dedos ao frio e o suor ao calor. Como o ar aos pulmões...
Falamos um ao outro!
Quietos,
Calados,
Prometendo a paz que precisamos para sabermos que estamos ali,
Proximamente distantes,
Como sóis que se esquentam mas não habitam o mesmo céu,
Numa situação sem remédio...
Storto... 04-12-12
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