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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sem Remédio




Serão cenas sem fim, sem data.
Ficarão entalhadas nas paredes da memória a me torturar, sem fim...
Me lembrarão que as oportunidades vinheram e passaram, tantas, sem data...

Foram sentimentos secretos, compartilhados à flor da sinceridade.
Nos merecíamos...

Éramos a melhor conjugação da estranha mistura perfeita.
Molduramos uma infinidade de porquês só por diversão.
Somos divertidos, pra nós dois. E como somos bons em nós...
Nós dois.

E nesse emaranhado de coisas que não foram ditas nos perdemos...
Confundimos momentos e falas...
Nosso teatro perfeito terminou numa apresentação catastrófica de Houdini e eu morri.

Embaralhamos o roteiro da vida e transformamos o prólogo de um no epílogo do outro. Numa sucessão de beijos não roubados e programas desencontrados que nos conduziram à trágica linha de chegada de lugar nenhum. Seria o fim.

Mas assim como o sol fala à beleza das flores, e as águas à tranqüilidade da praia. Como os dedos ao frio e o suor ao calor. Como o ar aos pulmões...
Falamos um ao outro!
Quietos,
Calados,
Prometendo a paz que precisamos para sabermos que estamos ali,
Proximamente distantes,
Como sóis que se esquentam mas não habitam o mesmo céu,
Numa situação sem remédio...

Storto... 04-12-12

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