Quem sou eu

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Não sei se alguma vez lhe contei o que observo em determinados escritos. Às vezes escrevemos muito a nosso respeito, mas do que pensamos, de um modo bem subjetivo. Seu livro está ficando ótimo. Claro que digo isto sem intenção de criticar. Não há espaço para críticas em nada que você escreve. "Os pensamentos de certos homens, mesmo os mais sombrios, dispensam comentários. Então eu só ouço..." - ou leio. É admirável o quanto você é verdadeiro - ou habilidoso em disfarçar o que sente. Será que existe um modo de cauterizar uma ferida aberta por um sentimento não correspondido? Você acredita que a indiferença é a resposta? Eu só tenho dúvidas. Quando escrevemos registramos derrotas e vitórias e revisamos nossas atitudes. Revemos nossos conceitos e valores. A cada ano, perco minhas certezas... decidi seguir um provérbio oriental: "Não há que ser rígido, antes seja flexível" Vou deixar tudo em aberto. "Talvez viver seja simplesmente isso, viver..." Eu queria escrever mais algumas coisas, mas farei isto numa ocasião e local apropriados. LOPES - um amigo

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Construção


Totalmente despido do que me faz ser quem sou,
Já não existo em mim,

Os amores,
As dores e cretinices,
Os preconceitos e suspiros,
(Tantas dúvidas)

Os sonhos que habitam na esperança e os que figuram no impossível,
De tudo o que posso ser já não vejo o que habita em mim,
Habito no que jaz em todos nós.

Eu sou todos nós e nada.


STORTO.’. 08-11-14

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Nem todos percebem...

Aristóteles 384-322 a.C.


Em grego antigo, se dizia que político (do grego politikos
era o membro de um grupo que atuava 
“de, para, ou relacionado com os cidadãos”, 
o “homem de estado”. Eles também tinham 
uma definição para o homem “privado”, 
em oposição ao homem de estado,
 idiota (do grego Idiótes).


As disfunções são muitas e o tempo é pouco.
O processo foi errado, os motivos escusos.
São muitas variáveis para pouca vontade, ou nenhuma...
Nos tornamos uma nação de achismos, de achados.
Se lê pouco. Se analisa quase nada. Se acredita muito sem saber em que.
Transferimos nosso sagrado direito do conhecimento à aceitação dos dogmas sociais pelo simples entendimento de nossa lateralidade.
Somos compelidos irremediavelmente àquela categoria obscura de informados burros, já que toda informação é incompleta em si própria, portanto é inverdade em construção. É possibilidade de conhecimento, de verdade.
Esquecemos que é na comunhão de informações que descobrimos novas verdades.
É na observação do disposto que surgem possibilidades...
Falamos muito. Ouvimos pouco. Aplicamos menos ainda.
Descobrimos que é mais fácil reproduzir ideias prontas que criar novas e fomos obrigados a aceitar que novas ideias podem ser cópias das já existentes, com uma nova roupagem pra ficar bonito, mas com as mesmas manchas por baixo.
Replicamos sem zelo. Defendemos sem medo. Ignoramos o outro.
Se nos distanciarmos um pouco perceberemos o quanto estamos distantes da verdade. Que se faz árdua a caminhada. Que os inocentes são muitos, e que a transformação começa em cada um de nós.
Com um olhar honesto sobre o corrupto. Um olhar sábio sobre o ignorante. Um olhar pacifista sobre o divisor. Um olhar amigo sobre o opositor. Um olhar político sobre o idiota.
STORTO.'. 04-11-2014


Esperar


Livre das tristezas que sinto nos fins de tarde em que não estás aqui (...),
Me permito querer felicidade.

São quereres simples e baldios...
Algum horizonte entre tudo e felicidade.
A mecânica da cidade esconde os sentimentos mais verdadeiros,
E nos esquecemos...

***

Queria falar dos presentes que tenho pra Ti.
Todos embrulhados em formas simples de dizer como me sinto especial por sua angelitude.
Como amo sua intelectualidade voraz,
Como te vejo na perfeição de seus erros...

Se ao menos soubesse quem és Tu...
Se percebesse tua presença.

***

Ainda hei de encontrar-te... conhecer-te...
Brilhar... (irá)
Como cada qual a seu cada qual,
E cada um a seu cada um...

E hei de reconhecer-te,
Como já fiz antes,
Como em todas as histórias de amor...
Quando fins de tarde e felicidade são a mesma coisa...
Feitos pra sonhar.


STORTO.’. 15-11-2013

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A Distância e os Olhos


Laranja reluzente (...), era o sol dessa tarde,
Brilhava intenso, forte, transcendente.
Fazia chover em mim...
E tormenta era, sob claridade aparente.

Fazia nuvem, vento e dor (...), mas jamais viam.
Só. Sol.

Eram vidas distintas, estranhas... cinzas.
Várias delas divisas,
Várias saídas.

Dissonantes batidas, descompassadas,
Mas serviam ao filme, a máscara, ao tom.

E o reluzente laranja fazia-se ver longe,
E viam bem longe de mim,
Do que era ou sou.

E bem menos do pouco que poderiam entender.


Storto.’. 07-11-14

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Das Prerrogativas do Tempo e do Erro


Dali - A Persistência da Memória - 1931

Quem tem a formula do tempo?

Eram inócuos os dias sem Ti,
E estranha era para mim sua face.

Fomos enganados pelo tempo,
Condenados ao achismo dos sentimentos certos da juventude.
Absolutas eram as certezas e vãos eram os sentimentos, ainda que sinceros.

Falo por mim quando digo que infantis eram minhas observações sobre tão sutil éter.
Inexistia tal conhecimento.

Hoje, ainda em construção, trabalho sobre a vastidão de nosso infinito particular...

E sou feliz! Muito feliz!

Para ela e sempre.

Storto.'. 09-11-14

domingo, 26 de janeiro de 2014

Continuação




Algumas coisas na musica folk me fazem uma pessoa melhor.
A voz baixa, o dedilhado cadente (...), sempre nos fins de filme melancólicos...

As letras vão subindo e vagueio pela continuação inexistente de suas vidas ficcionais.
Bem como a realidade torna (...), e por não estares aqui.

Reescrevo futuros e incorporo trilhas que falam de tempos mais felizes.
Libertando incertezas, enterrando silêncios. Encontrando quem me pergunte como foi o dia.

Prevejo que simplesmente somos capazes.
Voltando pra casa essa noite ao som assoviado suave de canção sussurrada ao coração...
Encontramos paz.

Storto.´. 25-01-14

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pelos dias vividos




Monet

Vai nascer em mais um sorriso,
em mais uma dúvida,
em mais um lamento.

Vai nascer como a lua,
Em dias de chuva,
e sem sofrimento.

Vai nascer puro e simples, sem talvez, sem atraso.
Vai nascer cálido, até forte e imaculado.
Vai florescer radiante, como antes sonhado.

E se fará eterno, pelos dias almejados.
Já não chama, pois não se extingue.

Só amor...
Claro, e só amor.

Storto.´. 10-01-14