Sentimentos, fotos, afagos e sonhos.
Tenho um céu que não cabe em si de tão negro.
Vejo vultos em cinza e vozes que sussurram como em um filme de Bergman.
Pura poesia visual em um contexto complicado de se entender e filosófico demais para se tornar realidade.
E é justamente dali que me lembro de você.
Não és uma estrela qualquer(!), e como não sou bom em astronomia, demorei um pouco para reconhecer-lhe o brilho.
Tivemos desencontros impossíveis de serem evitados, e depois de um tempo me disse que eles representavam a regência orquestrada do futuro. Fim do sonho que não chegou a existir.
Achamos graça de longe, contemplando as impossibilidades e nos calamos.
Fico feliz em ver seu brilho e contemplar seu desenvolvimento.
Fico feliz por preservar em mim tão bela concepção, sem reserva mental ou falsas expectativas.
E simplesmente pela fria presença distante e acolhedora... que seja eterno.
STORTO... 12-02-12