Ato 1
Lembro-me de quando éramos jovens,
E as coisas tinham mais graça...
Lembro-me das incertezas,
E da tranqüilidade que vinha depois...
Lembro-me dos sorrisos,
E da dor que ficava quando não nos tínhamos...
Hoje você fala de segredos breves e chora pelo brilho da lua,
Mas não seremos sempre assim...
Viajaremos na luz que vem do fim do arco-íris,
Se a felicidade for assim...
Ato 2
Cantaste-me que coisas vãs produzem buracos negros,
Falaste-me de futuros possíveis, histórias melhores...
Profetizas eras passadas com base em sentimentos presentes sem saber,
Sem entender que o futuro é todo seu.
E fico no sol, só e só.
Ato 3
Agora você não sabe por que aconteceu, nem o que virá...
Serei areia de beira de mar?
Agora uma grande novidade se descortina, sem definições ou verdades...
Serei pó e vento em sua vida?
Agora nada... nada.
Liricamente falando
Vejo você em dissonantes que faço ao violão, tão perfeita quanto o som. Uma música bela e simples, que começa com acordes harmônicos, um assobio calmo e barulho de vento no fundo. Vejo um coral à beira de um penhasco, violões de doze cordas e algumas flautas. Introdução minimalista com um som rancheiro, e solo melódico. Os movimentos se sucedem no balanço de seu sorriso e chegamos a lembranças da 9º de Bethoven. Passamos pelas muitas possibilidades que seu ego permite e chegamos ao ápise sem saber por que vai acabar... Percebo que assim como as belas composições isso nunca vai acontecer, pois está marcada indelevelmente em mim. Embora a veja flutuar pelos mares calmos da incerteza enquanto componho musicas pra ti, à beira do penhasco.
Storto.'. – 27-03-2013